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Osvaldo Orico, professor, diplomata, poeta, contista, romancista, biógrafo e ensaísta, nasceu em Belém, PA, em 29 de dezembro de 1900, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 19 de fevereiro de 1981. Eleito em 28 de outubro de 1937 para a Cadeira n. 10, na sucessão de Laudelino Freire, foi recebido em 9 de abril de 1938, pelo acadêmico Cláudio de Sousa.

Foram seus pais Manoel Félix Orico e Blandina Orico. Bacharelou-se em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. Dedicou-se inicialmente ao magistério, como professor da Escola Normal, de 1920 a 1932; diretor da Instrução Pública do Distrito Federal, em 1930; diretor da Educação e Cultura do Estado do Pará, em 1936; secretário-geral do Estado do Pará, em 1936; diretor da Divisão de Educação Extra-Escolar do Ministério da Educação e Saúde, em 1938; chefe da representação brasileira na Exposição do Livro, em Montevidéu; diretor da Seção Cultural do Pavilhão Brasileiro na Exposição do Mundo Português, em 1940. Serviu como diplomata em Santiago do Chile, Buenos Aires, Haia e Beirute; foi delegado adjunto na Unesco, conselheiro comercial da Embaixada do Brasil na Espanha e na Bélgica; deputado federal pelo Estado do Pará; ministro para Assuntos Econômicos na ONU; ministro do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, com sede em Paris.

Era membro do Instituto Histórico do Pará; da Academia Portuguesa da História; da Academia das Ciências de Lisboa; da Real Academia Espanhola e da Academia da Latinidade, de Roma.

Obras: Dança dos pirilampos, poesia (1923); Coroa dos humildes, poesia (1924); Arte de esquecer, ensaio (1927); Grinalda, poesia (1928); O melhor meio de disseminar o ensino primário no Brasil, ensaio (1928); Vida de José de Alencar, biografia (1929); Contos e lendas do Brasil, folclore (1929); Mitos ameríndios, folclore (1929); O demônio da Regência, ensaio (1930); O tigre da Abolição, biografia (1931); Evaristo da Veiga e sua época, biografia (1931); O Condestável do Império, biografia (1933); Contos da Mãe Preta (estórias do folclore adaptadas à leitura das crianças), s.d.; Histórias de Pai João (estórias do folclore adaptadas à leitura de crianças), s.d.; Viagem de Papá Noel, conto (1934); Mãe da Lua, folclore (1934); Silveira Martins e sua época, biografia (1935); Vocabulário de crendices amazônicas, folclore (1937); Seiva, romance (1937); Vinha do Senhor, contos (1939); A saudade brasileira, estudo (1940); Joana Maluca, contos (1940); Mundo ajoelhado, contos (1942); Da forja à Academia, memórias (1954); Brasil, capital Brasília, edição trilíngüe: em português, francês e inglês (1950); Feitiço do Rio, poesias, edição bilíngüe: em português e francês (1958); Marabaxo, contos (1960); Rui, o mito e o mico Réplica à obra da calúnia (1965); Grãos da sabedoria, ensaio (1965); Cozinha amazônica: uma autobiografia do paladar (1972); Don Juan ou o demônio do sexo, ensaio (1973); O feiticeiro de São Borja: o fino da bossa no humor de Getúlio Vargas, biografia (1976); José de Alencar. Patriarca do romance brasileiro, ensaio (1977; 2a ed., revista, de Vida de José de Alencar.); Camões e Cervantes: semelhanças da vida e dessemelhanças da obra, ensaio (1980).