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José Sarney nasceu no município maranhense de Pinheiro, a 24 de abril de 1930, filho de Sarney de Araújo Costa e de Kyola Ferreira de Araújo Costa. Em 17 de julho de 1980 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, sendo empossado a 7 novembro seguinte.

Fez seus estudos, primário e secundário, no Maranhão intressando depois na Faculdade de Direito do Estado.

Desenvolveu intensa atividade jornalística nos periódicos de São Luís - "O imparcial", "Combate", "Jornal do Dia", "Jornal do Povo", "O Estado do Maranhão". Colaborou, também, nos jornais "Diário de Pernambuco" e "Correio do Ceará" bem como no "Jornal do Brasil" (Rio de Janeiro).

José Sarney lecionou em alguns estabelecimentos de ensino superior de seu Estado natal. Pertence a diversas instituições culturais e proferiu conferências em várias universidades norte-americanas.

A vida política do ex-Presidente da República teve início em 1956 quando, na qualidade de suplente, exerceu o mandato de Deputado Federal, sendo reeleito para as legislaturas de 1958-62 e 1962-66. Em 1965 assumiu, por cinco anos, o cargo de Governador do Maranhão. Ao deixar o governo tornou-se Senador da República, nas legislaturas de 1970-1978 e 1979-1986. Em 15 de janeiro de 1985 foi eleito Vice-presidente da República na Chapa da Aliança Democrática. Assumiu o cargo de Presidente da República em exercício, de 15 de março a 21 de abril de 1985, no impedimento do titular, Tancredo Neves, gravemente doente, tornando-se Presidente da República, a partir de 21 de abril de 1985 a 15 de março de 1990. Depois de ter cumprido o seu mandato presidencial, José Sarney regressou às lides políticas elegendo-se Senador pelo Estado do Amapá.

Mantendo sempre o interesse pela literatura José Sarney conta, em sua bibliografia, com as seguintes obras: "A canção inicial", 1952; "A pesca do curral", 1953; "Norte das águas", 1970; "Marimbondos de fogo", 1979; "Partidos políticos", 1979; "10 contos escolhidos", 1985; "Brejal dos Guajas e outras histórias", 1985; "O dono do mar", 1996. Este último se constituiu em grande sucesso editorial, inclusive traduzido para o francês.

Ainda mantém José Sarney colaboração na imprensa brasileira, particularmente nas páginas de "O Globo" (Rio de Janeiro).