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Gregório Fonseca (G. Porto da F.), engenheiro militar, poeta, biógrafo, ensaísta e conferencista, nasceu em Cachoeira, RS, em 17 de novembro de 1875, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de abril de 1934. Eleito em 16 de julho de 1931 para a Cadeira n. 27, na sucessão de Dantas Barreto, foi recebido em 29 de outubro de 1932, pelo acadêmico Alcides Maya.

Fez estudos elementares na cidade natal. Desde cedo amava os livros e gostava de poesia. Com 15 anos de idade, trabalhando como caixeiro, recitava sonetos de Olavo Bilac à hora da sesta e quando não houvesse fregueses a atender, e por isso foi demitido do emprego. Abandonou o comércio e buscou seguir a carreira militar. Estudou engenharia na Escola Militar de Porto Alegre. Ali ligou-se ao poeta Aníbal Teófilo e publicou o volume de poesias Templo sem deuses (1907). Transferiu-se para o Rio de Janeiro, aproximando-se dos escritores da época, entre eles Olavo Bilac. Preterido no exército, mais de uma vez, apesar de ser engenheiro, reformou-se como tenente-coronel. Foi diretor da Secretaria da Presidência da República durante os primeiros anos do governo Getúlio Vargas (1930-1934). Pertenceu à roda de literatos em torno de Alcides Maya, no Rio de Janeiro, da qual participou também Lima Barreto.

Obras: Templo sem deuses, poesia (1907); Duas conferências: "A estética das batalhas" e "Ciúme dos deuses" (1914); Vida e obra do Marechal Bento Ribeiro (1922); Heroísmo e arte, ensaio (1936).