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Dantas Barreto (Emídio D. B.), marechal-de-exército, historiador militar, jornalista, romancista e teatrólogo, nasceu em Bom Conselho, PE, em 22 de março de 1850, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de março de 1931. Eleito em 10 de setembro de 1910 para a Cadeira n. 27, na sucessão de Joaquim Nabuco, foi recebido em 7 de janeiro de 1911, pelo acadêmico Carlos de Laet. A sessão de posse realizou-se no Palácio Monroe.

Com apenas 15 anos de idade, alistou-se como voluntário na campanha do Paraguai, onde obteve medalha por sua atuação. Em 1868, foi promovido a oficial. Após o término da guerra, voltou ao Brasil e fez o curso de artilharia na Escola Militar do Rio de Janeiro. Tomou parte na campanha de Canudos, tendo sido seus esforços coroados com a promoção a coronel. Em 1910 era general-de-divisão. Foi ministro da Guerra de Hermes da Fonseca. Demitiu-se para assumir o governo de Pernambuco (1911-1915), Estado que o elegeu senador (1916-1918). Participou do chamado salvacionismo, movimento do qual se desligou mais tarde. Reformou-se como marechal-de-exército em 1918.

Embora recebesse sempre importantes encargos militares e políticos, Dantas Barreto dedicou-se também à literatura, tornando-se conhecido por suas atividades de cronista, romancista e autor teatral. Colaborou na Revista Americana do Rio de Janeiro e no Jornal do Comércio de Porto Alegre.

Obras: A condessa Hermínia, teatro, 4 atos (1883); Lucinda e Coleta, episódios da vida fluminense (1883); Margarida Nobre, romance (1886); A última expedição de Canudos, história (1898); Acidentes da guerra. Operações de Canudos, história (1915); Expedição a Mato Grosso. A revolução de 1906 (1907); Impressões militares (1910); A destruição de Canudos, ensaio histórico (1912); Discurso político (1912); Conspirações (1917).