MÁRTIR DA FOME

Nesta da vida lúgubre caverna
De ossos e frios funerais que eu sinto
Corno um chacal saciando o eterno instinto
Vou saciando a minha Fome Eterna.

- Fome de sangue de um Passado extinto,
De extintas crenças - bacanal superna,
Horrível assim como a Hidra de Lema
E muda como o bronze de Corinto!

Ânsias de sonhos, desespero fundo!
E a alma que sonha no marnel do Mundo,
Morre de Fome pelas noites belas...

E como o Cristo - o Mártir do Calvário
Morre. E no entanto vai para o estelário
Matar a Fome num festim de estrelas!